quarta-feira, 25 de julho de 2012
Mesada
A mesada é um valioso instrumento de educação financeira para crianças.
Mas é apenas isso.
Publicidade
Um instrumento. Se bem usado e bem calibrado pode ser útil, resolver
problemas, potencializar soluções e ajudar na educação financeira. Mas se for
mal usada pode também machucar, atrapalhar, ser improdutiva. Deixar cicatrizes,
traumas.
Ela deve ser estabelecida em função da idade e do ambiente social, com
ênfase na situação econômico-financeira da família. E ajustada, principalmente,
de acordo com o perfil de cada criança.
Por idade entenda-se maturidade, nível de compreensão e de
responsabilidade. O dinheiro tem poder libertador, de proporcionar
independência às pessoas. Então, assim como a liberdade, o dinheiro deve estar
associado com responsabilidade.
A noção temporal é igualmente relevante. Crianças pequenas enfrentam
dificuldade para compreender, planejar e esperar por intervalos que ultrapassem
o seu horizonte temporal. Normalmente é mais fácil associar ao ciclo escolar.
Assim, deve-se começar com semanadas, aumentar para quinzenadas e por fim, à
medida que as crianças crescem, pode-se chegar ao período mensal, sempre
avaliando a maturidade da criança, o grau de compreensão dela em relação ao
tempo e valores e ao uso que ela faz do dinheiro.
No caso de crianças pequenas, deve-se evitar planejamentos que visem
prazos que ultrapassem as próximas férias ou o próximo aniversário, podendo
estender-se por um ou dois anos para as mais crescidas ou mais maduras, sempre
com assistência dos pais.
Existem teorias que sugerem calcular o valor da mesada a partir da idade
das crianças, atribuindo R$ 1 para cada ano de vida, por semana. É um parâmetro
que se mostra injusto e inadequado para muitas famílias, pois não considera
outros fatores e nivela crianças pobres com as mais privilegiadas; as que vivem
no interior e as que vivem em grandes centros; as conscientes e as
deslumbradas, famílias com filhos únicos com as mais numerosas. Não existe uma
regra que atenda todos os casos. Nem mesmo a maioria.
Outros especialistas recomendam um percentual do Salário Mínimo. Mas
isso também seria inadequado, pode levar a criança a confundir mesada com
salário. Além disso, crianças que demonstram ter uma relação sadia com o
dinheiro devem ter essa postura reconhecida. E estimulada. Manter valores muito
baixos dificulta esse avanço na relação dela com o dinheiro.
O ambiente social é importante. Em casos de dúvida é bom os pais
conversarem com os pais dos amigos de seus filhos para avaliar as práticas e os
valores de cada um. Em termos de socialização, o ideal é que o valor da mesada
dos seus filhos fique compatível com seu círculo de amizades. Na dúvida, é
melhor ser conservador.
É importante que a mesada reflita para as crianças a situação da família.
Uma família que viva com dificuldades financeiras não deveria oferecer uma
mesada polpuda aos filhos. Da mesma forma que famílias mais abastadas não devem
impor restrições financeiras rigorosas aos filhos. Atitudes como essas podem
levar ao distanciamento dos valores e da realidade da família e dificultar a
compreensão por parte das crianças.
Sendo a mesada um instrumento de educação financeira, os pais devem
procurar informações e orientação sobre as melhores práticas nessa área. Dentre
elas, com certeza, não está o uso da mesada como instrumento de coerção ou
estímulo. Pelo contrário.
A mesada é um instrumento genérico que funciona para ensinar às crianças
como os adultos assalariados deveriam gerir seus recursos. Uma espécie de
estágio, de treinamento. Mas bem sabemos que salários não são as únicas fontes
de renda. E que também não são garantidos para a vida toda. Eles podem
desaparecer ou podem crescer pelo mérito da evolução profissional. Talvez essa
idéia possa ser compartilhada, mas nunca condicionar ou potencializar a mesada
como meio de punição.
Criando pequenos burgueses?
O uso da mesada deve ser precedido de reflexões e séria avaliação por
parte dos pais, de orientações claras, periódicas e constantes aos filhos e de
muita disciplina das duas partes. Os pais devem respeitar os valores e prazos
de pagamento das mesadas da mesma forma que respeitam seus compromissos junto
às instituições financeiras. As crianças devem demonstrar capacidade para gerir
seus recursos e responsabilidade. E a mesada não deve ser usada como meio para
punir ou recompensar as crianças, muito menos ser relacionada ao desempenho
escolar ou à realização de tarefas domésticas.
Assinar:
Postar comentários
(Atom)
Fan Page!
Search
Fa�a Parte!
Pages
As Briglitter

- Paula
- São Joaquim da barra, São Paulo, Brazil
- Paula,14 anos, pisciana. Olá! Sou uma estudante, atualmente curso o1° ano, adoro moda e tudo que relaciona a ela, aqui vou falar sobre isso como sempre foi quando eu tinha uma parceira, mais agora também vou postar algumas coisas sobre meus resultados fisicos. Através do blog, vou compartilhar com vocês minhas experiências, viagens, resultados e etc. Sejam bem-vindas!
Tecnologia do Blogger.
Arquivos
-
▼
2012
(100)
-
▼
julho
(16)
- Mesada
- Lenços
- Técnica Unhas Marmorizadas
- Dieta dos Sucos Milagrosos
- Unha Filha Unica De Bichinhos
- Tutorial De Make Amarela
- Unha de Jornal , Nova Moda !
- Mal Do Salto Alto
- Vestido de Formatura
- Hidratação com Abacate
- Se acha viciada (o) ?
- Moda Primavera 2012
- O Formato Ideal Para As Unhas
- Objetos Criativos
- Unha Filha Unica
- Sapato Com Glitter
-
▼
julho
(16)
0 comentários:
Postar um comentário